quinta-feira, 21 de maio de 2009

Sé de Lisboa.

[Marques de Abreu, 194-]
Rua Augusto Rosa.
[entre 1898 e 1908]


D. Manuel II na Sé, depois da abertura das Cortes.
[Joshua Benoliel, 29 de Abril de 1908]



Entre 1147 (Reconquista) e os primeiros anos do sec. XIII, dá-se o primeiro impulso edificador deste monumento. É construído, ao que tudo indica, sobre a antiga mesquita muçulmana.

Durante a Idade Moderna, o edifico é alvo de diversos enriquecimentos arquitectónicos e decorativos, mas, no entanto, grande parte destas obras é eliminada em duas campanhas de restauro que decorreram na primeira metade do século XX – pretendia-se, com efeito, restituir a atmosfera medieval dos seus primórdios.

Na Capela de santo Ildefonso pode ver-se o sarcófago do século XIV de Lopo Fernandes Pacheco, companheiro de armas de D. Afonso IV, e da sua esposa Maria Vilalobos. O túmulo está esculpido com a figura barbuda do nobre, de espada na mão, e da esposa, com um livro de orações e os cães sentados a seus pés. Na capela adjacente estão os túmulos de D. Afonso IV e da esposa D. Beatriz. O claustro gótico a que se chega pela terceira capela da charola, tem duplos arcos elegantes com belos capitéis esculpidos. Uma das capelas ainda exibe um portão de ferro forjado do século XIII. (…)

Destacam-se, nos Claustros, os vestígios romanos.


À esquerda da entrada a capela franciscana contém a pia onde o santo foi baptizado em 1195, e está decorada com azulejos que representam Santo António a pregar aos peixes. Na capela adjacente existe um Presépio barroco feito de cortiça, madeira e terracota de Machado de Castro.

O tesouro encontra-se no topo da escadaria, à direita. Abriga uma variada colecção de pratas, trajes eclesiásticos, estatuária, manuscritos iluminados e relíquias associadas a São Vicente. (…)

É na Sé de Lisboa que se encontra a arca que contém os restos mortais desse santo. Diz a lenda que, ao serem transportados do Cabo de São Vicente para Lisboa, em 1173, dois corvos velaram ininterruptamente o barco que transportava as relíquias. Os corvos e o barco tornaram-se no símbolo da cidade de Lisboa. Diz-se, igualmente, que os descendentes desses mesmos corvos habitavam os claustros da Sé.

Fonte: Guia da Cidade


Sara Domingos.

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