quinta-feira, 21 de maio de 2009

Basílica da Estrela.

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Gravura publicada no jornal Ocidente, em 1886.

No dia do seu casamento, a princesa herdeira de D. José I, D. Maria Francisca, fez o voto de que, no caso de ter um filho varão, que veio a nascer em 1761, construiria um convento para as religiosas Carmelitas Descalças.

Em 1777, após a morte de D. José I, D. Maria I escolheu o local conhecido por Casal da Estrela, propriedade da Casa do Infantado. É chamado Mateus Vicente de Oliveira para a projectar, aprovando-se a planta em 1779. Em Março de 1785 Mateus Vicente morre e é substituído por Reinaldo Manuel que introduz algumas alterações ao projecto inicial - de uma igreja que primitivamente se previa sóbria e simples, resultou um edifício mais elaborado e ornamentado, semelhante ao Convento de Mafra. A sagração dá-se a 15 de Novembro de 1789.

Apresenta-se uma fachada em dois pisos de sete tramos e um corpo central saliente de três tramos, que dá acesso à basílica através de uma galilé. Para além da utilização da ordem jónica, Mateus Vicente, alternou entre as pilastras e as colunas para a divisão dos tramos e a cúpula é semelhante à que projectou para a Igreja da Memória, à Ajuda. A fachada está profusamente adornada com estatuária da escola de Machado de Castro, como se fez em Mafra, e promove a ideia de diálogo entre o edifício e a cidade. A Basílica da Estrela é o próprio panteão de D. Maria I, a única monarca da Dinastia de Bragança que não está sepultada no Mosteiro de São Vicente de Fora.


Fonte: RevelarLx
Sara Domingos.

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