quarta-feira, 13 de maio de 2009

Praça da Figueira.

[Armando Serôdio, Março de 1965]

Mercado.

[Eduardo Portugal, 1944]


Inundações.

[Judah Benoliel, 18 de Novembro de 1945]





Há um período de festas populares em que o alfacinha não sai de Lisboa, e em que cai em Lisboa um poder do mundo dos saloios. É no mês de Junho, quando se festeja Santo António, São João e São Pedro. São verdadeiras romagens das aldeias e casais da cercania ao coração da cidade, prazo-dado, sem ajuste nem convite, de todos os guitarreiros e cantadores do termo. As noites da Praça da Figueira e suas imediações têm nessa ocasião um cunho lisboeta e provinciano que se não confunde, na contagiosa alegria dos descantes, das guitarras, dos balões de cores, das gaitas e assobios de barro, dos pregões de frutas, manjericos e cravos, todo aquele ir e vir de grupos que a folia impele, sem nexo e sem sentido, formigueiro humano, onda de povoléu. Alfredo Mesquita (sec. XIX)



Situada entre o Martim Moniz e a Praça do Rossio, aqui se fazia a grande festa dos Santos Populares, que hoje em dia anima toda a cidade.
Antes do terramoto de 1755, na Praça da Figueira situava-se o o Hospital de Todos os Santos. Após o terramoto, e toda a reconversão levada a cabo pelo Ministro do Reino de D. José I, Marquês de Pombal, a Praça da Figueira tornou-se o no principal mercado da cidade. Em 1885 é mesmo construído um mercado coberto que, na década de 50 acaba por ser demolido. No centro encontra-se, actualmente, a estátua equestre de D. João I. Obra de Leopoldo de Almeida, erguida em 1971, é hoje local de preferência para centenas de pombos, já tão característicos deste local.


Sara Domingos.

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