sexta-feira, 15 de maio de 2009

Palácio de São Bento.


Localiza-se na zona mais importante, histórica e antiga da cidade de Lisboa, construído sobre o Convento de S. Bento, quinhentista, e na área da sua antiga cerca. Escapando milagrosamente ao terramoto de 1775, foi convertido com o fim das ordens religiosas, durante o ano de 1834. O Arquitecto Possidónio da Silva promulgou algumas alterações, mas sem alterar a estrutura do edifício, mas um incêndio em 1985 destruí-o por completo, ficando a cargo de Ventura Terra o projecto de um novo Palácio de S. Bento, já com fins legistalivos. Foram então iniciadas as obras que se prolongaram até 1933, concluídas pela DGEMN (Direcção Geral de Edifícios e Monumentos Nacionais).

É constituído por dois andares, com uma extensa fachada nobre, com alto numero de janelas, que lhe promove a monumentalidade e grandeza.
“O interior do Palácio de S. Bento é notável, tanto pela riqueza dos seus materiais como pelas obras de arte que o decoram. Acede-se à Galeria dos Passos Perdidos a partir de três lanços de escada, com as paredes em mármore e decoradas com óleos de Columbano, versando temas das cortes medievais. O Hemiciclo, lugar onde têm lugar as sessões da Assembleia da República, é coberto por estrutura de vidro e ferro e formado por duas galerias sobrepostas, sustentadas por colunas de mármore rosa. Para além da estátua da República, o painel alegórico de Veloso Salgado mostra as Constituintes de 1821, onde foi aclamada a primeira constituição. Outras dependências possuem dignidade maior, como são o caso da elegante Sala do Senado, com um quadro de Carlos Reis representando a Pátria, ou o Salão Nobre decorado por sete frescos alusivos aos Descobrimentos Portugueses. De destacar ainda a Biblioteca e o Museu Histórico da Assembleia da República, onde se podem consultar e admirar importantes obras bibliográficas e um acervo variado de pinturas, gravuras, esculturas e mobiliário.”
“A escadaria exterior foi construída em 1941 e encontra-se ladeada por dois leões, simbolicamente utilizados como sentinelas. Na fachada principal, ao cimo das escadas, encontra uma arcada onde se pode ler a palavra em latim 'Lex' - em alusão à função da Assembleia - e quatro estátuas alegóricas femininas - 'Prudência', 'Justiça', 'Força' e 'Temperança'.
O frontão situado a cima da varanda tem 30m de comprimento e 6 de altura e o tímpano foi decorado pelo escultor Simões de Almeida, dentro de uma estética de acordo com o academismo vigente na Escola de Belas Artes, onde leccionava. Este tímpano representa o Estado Novo, com a Nação ao meio simbolizada pela insígnia latina 'Omnia Pro Patria' (Tudo pela Nação) e rodeada por 18 imagens que representam, entre outras, áreas como a Indústria e o Comércio.”


Cláudia Fernandes.

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